Há 20 anos, com o objetivo inicial de minimizar problemas de invasões
por crianças e adolescentes para caçar animais com estilingues em uma Reserva
Florestal no Jardim Presidente, foi criado o Projeto Florestinha. Da ideia
inicial de minimizar os problemas ambientais surgiu a ideia de socializar as
atividades, retirando e não permitindo que crianças e adolescentes carentes dos
bairros circunvizinhos à Unidade de Conservação fossem às ruas, enquanto seus
pais precisavam trabalhar para retirar o sustento.
Com o passar do tempo, a visão de cidadania, disciplina e Educação
Ambiental dominaram o Projeto. Por lá, passaram crianças e adolescentes que
hoje servem à sociedade como jornalistas engenheiros, empresários,
administradores e diversas outras profissões.
Há dez anos o projeto Florestinha realiza atividades de Educação
Ambiental em escolas e recebe alunos no local de funcionamento do Projeto realizando
palestras e as seguintes oficinas:
1. Reciclagem de papel, com
palestra sobre os problemas relacionados aos resíduos sólidos.
2. Visitação ao museu de
animais e peixes taxidermizados (empalhados), com palestra sobre fauna, pesca,
atropelamentos de animais silvestres.
3. Casa da Energia. Trata-se de
uma maquete de uma residência com todos os locais de consumo de energia
(lâmpadas, chuveiros, ar condicionado, geladeira, microondas etc...). Com esta
oficina é realizada a discussão e informação sobre os tipos de energia e a
importância ambiental de se economizar este recurso.
4. Apresentação do teatro de
fantoches, com peças sobre as questões ambientais, como: desmatamentos,
incêndios florestais e resíduos sólidos.
5. Plantio de Mudas, palestra
sobre desmatamento, erosões e importância da flora.
BOSQUE FLORESTINHA – inaugurado durante a festividade de 20 anos do
projeto, no local os alunos que participam do Projeto plantaram uma muda
nativa, que será de sua responsabilidade e representará simbolicamente a estada
de cada um no Projeto. A partir daí, todo participante plantará sua muda neste
bosque.
Histórico do Projeto Florestinha, Objetivos e Trabalhos Desenvolvidos.
O Projeto Florestinha é um trabalho social e ambiental desenvolvido
Polícia Militar Ambiental, o qual trabalha com crianças e adolescentes carentes
de 07 a 16 anos, tirando-lhes das ruas, ou permitindo que eles saiam das ruas,
dando-lhes a chance de ter uma profissão e ensinando-lhes a serem cidadãos com
sensibilidade ambiental. O projeto iniciou-se em 23 de novembro de 1992, no
município de Campo Grande com 50 crianças, em instalações localizadas em uma
reserva ambiental de 180 hectares, no bairro Jardim Presidente, denominada
Matas do Segredo.
No início recebeu a denominação de Guarda Florestal Mirim. Em 23 de
março de 1992 foi implantada como Patrulha Florestinha, que em convênio com o
PROMOSSUL (Secretaria de Promoção Social do MS) foi possível melhorar o
atendimento das crianças. Além das aulas de Educação Ambiental, reforço escolar
e treinamentos que eram ministrados por policiais, passaram a receber
acompanhamento psicológico, odontológico, reforço alimentar, vale transporte e
orientação profissional, que era feita por profissionais da Promossul, sempre
em conjunto com os Policiais Ambientais.
Em 2009 foram municipalizadas as ações sociais, passando a ser a
parceria no projeto na Capital com a Secretaria Municipal de Ação
Social-SAS. Esta Secretaria desenvolve
as atribuições a ela pertinentes, ou seja, contribuindo com funcionários da área
de Educação e de assistência social, os quais proporcionam às crianças
acompanhamento escolar e demais atividades educacionais, além de reforço
alimentar. A Polícia Militar Ambiental contribui efetivamente com o
aprimoramento do caráter, da disciplina e do senso de responsabilidade das crianças,
ministrando-lhes instruções de Moral e Cívica e, especialmente, de Educação
Ambiental.
Em 1998, a partir de parcerias com Prefeituras e outros órgãos, a PMA
pôde implantá-lo em mais 04 municípios: Corumbá, Três Lagoas, Bataguassu e
Bonito, onde foi fundada pela prefeitura, a “Praça do Florestinha” de Bonito,
localizada na Avenida principal daquela cidade, onde há uma estátua de bronze
de uma criança fardada.
Em 2006, em parcerias com as prefeituras de Jardim e Guia Lopes da
Laguna foi possível implantar o projeto nestes municípios e atender mais 100
crianças. Em 2008 foi implantado com 200 crianças em Três Lagoas. Em 2009 foi
implantado em Aquidauana e Anastácio, com mais 120 crianças. A idéia é atender
1.000 crianças em todo o Estado e, além de tirá-las das ruas e dar formação
social e ambiental, também poder encaminhá-las profissionalmente. Em 2010 foi
implantado o projeto em Coxim.
Este projeto é reconhecido pela UNICEF e foi homenageado pela Câmara
Municipal de Campo Grande, com o prêmio “Ecologia e Ambientalismo”. Possui
grandes resultados alcançados, pois, várias crianças que por ele passaram
tornaram-se jornalistas, geógrafos e vários outros profissionais que
reconhecidamente admitem a influência do projeto no encaminhamento de suas
vidas.
O projeto visa, entre outras coisas, a enfrentar o problema da
marginalidade e da criminalidade crescente entre os jovens de bairros
periféricos, uma vez que eles são expostos a essas mazelas da sociedade. A
proposta é de não deixar que os atendidos pelo projeto venham a fazer parte
dessas estatísticas. A educação, desenvolvimento artístico e cultural e
recreação oferecida aos assistidos constituem as bases do projeto que, além de
sociabilidade entre eles, cria também o significado de hierarquia militar e
respeito ao próximo.
As crianças utilizam o mesmo fardamento dos policiais militares
ambientais, inclusive, em alguns dos projetos são instituídas as promoções como
na carreira militar (de Soldado a Coronel), tendo como critérios principais
para alcançá-las, as notas escolares,
comportamento e antiguidade no Projeto. As promoções são importantes
para a autodisciplina. Ou seja, um Oficial não fará nenhuma coisa errada
próximo de um patrulheiro de posto inferior.
Desde o ano de 2002, as crianças desenvolvem nas escolas públicas e
privadas atividades de Educação Ambiental, por meio do teatro de fantoches,
além de se apresentarem nos mais diversos locais do Estado de Mato Grosso do
Sul. Atualmente estão sendo atendidas 500 crianças em 06 municípios.
Assessoria de Comunicação – 15ºBPMA
gostaria de saber se o grupo escoteiro pode fazer uma visita ao projeto?
ResponderExcluirOlá! Boa tarde! Ñ tenho conseguido falar ao telefone com o Projeto, gostaria de saber se há possibilidade do meu filho de 11 anos ainda ingressar no projeto. Estuda na Nazira Anache pela manhã. Obrigada.
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